Por Redação

Foto: Divulgação Gilead
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou, nesta segunda-feira (14), o uso de lenacapavir injetável duas vezes ao ano como uma ferramenta de prevenção contra o HIV. O medicamento seria uma opção adicional de profilaxia pré-exposição (PrEP).
A medida é uma ação política histórica que pode ajudar a reformular a resposta global ao HIV. As diretrizes foram divulgadas na 13ª Conferência da Sociedade Internacional de Aids sobre Ciência do HIV, em Kigali, Ruanda.
Segundo O GLOBO, o lenacapavir é a primeira terapia PrEP injetável semestral. Atualmente, o esquema de PrEP, disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2017, conta com comprimidos orais que precisam ser tomados diariamente.
De acordo com a reportagem, eles reduzem o risco de uma infecção a quase zero. No entanto, por ser um tratamento diário, existe um entrave para a adesão.
“Embora uma vacina contra o HIV ainda seja incerta, o lenacapavir é a melhor opção: um antirretroviral de ação prolongada que, em ensaios clínicos, demonstrou prevenir quase todas as infecções por HIV entre pessoas em risco”, explicou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em comunicado.
“O lançamento das novas diretrizes da OMS, juntamente com a recente aprovação da FDA, marca um passo crucial na expansão do acesso a essa poderosa ferramenta. A OMS está comprometida em trabalhar com países e parceiros para garantir que essa inovação chegue às comunidades o mais rápido e seguro possível”, completou.
O lenacapavir é uma injeção para prevenir uma doença infecciosa, mas não é uma vacina. Semelhante a PrEP em comprimidos, o produto não leva o sistema imunológico a produzir defesas contra o HIV. Ele atua como um antiviral bloqueando os "caminhos" que o vírus utiliza para se replicar, necessitando permanecer em constante circulação no organismo.
O intuito é fazer com que a droga fique em circulação no sangue, fazendo com que caso a pessoa entre em contato com o vírus, ele seja atacado de forma rápida, antes mesmo de se instalar e gerar a infecção no organismo.