Por Redação
Foto: Reprodução / Arquivo pessoal
O delegado Nelis Araújo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), expôs as estratégias que teriam sido usadas por Marcelo Batista, empresário acusado de envolvimento no desaparecimento e morte de dois jovens em um ferro-velho, em Salvador.
De acordo com Araújo, o investigado realizava ligações com ameaças, afirmando que aqueles que falassem poderiam ser alcançados por ele. Ele acrescenta que o objetivo era forçar as vítimas a apresentar versões divergentes das divulgadas pela imprensa. A declaração foi dada durante entrevista ao Alô Juca.
O delegado afirmou ainda que o apresentador do programa, Juca, também foi alvo das tentativas de descredibilização. “O acusado planejava enviar um suposto jornalista para produzir vídeos, que seriam usados para contestar matérias e desmentir o próprio Juca”, disse.
Segundo a investigação, a motivação de Batista era reunir material para se contrapor a declarações feitas pela mídia. Durante o inquérito, ele chegou a agredir repórteres e apresentou postura hostil diante da cobertura jornalística.
Marcelo Batista da Silva, investigado pelo duplo homicídio de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz, foi encontrado tentando se esconder embaixo de um armário no momento de sua prisão, nesta terça-feira (26), em Salvador. Ele também é acusado de tentar matar outras três pessoas, duas delas ex-funcionários de sua empresa.
De acordo com o delegado Vítor Spinola, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Marcelo tentou dificultar a ação policial ao reforçar a fechadura do local.
A prisão preventiva havia sido decretada na segunda-feira (25) e foi cumprida no dia seguinte em um ferro-velho no bairro de Pirajá, na capital baiana. O mandado se refere à tentativa de homicídio contra três pessoas, que foram alvos de disparos de arma de fogo e conseguiram escapar.
Paralelamente, Marcelo é investigado pela morte de Paulo Daniel e Matusalém, desaparecidos desde 4 de novembro de 2024. A Polícia Civil aponta que os dois teriam sido torturados e mortos no galpão do ferro-velho do empresário, mas os corpos ainda não foram localizados.
