Por Folhapress

Foto: Divulgação / Agência Lusa
Os líderes da França, da Itália, da Alemanha, da Polônia, do Reino Unido, da Finlândia e da Comissão Europeia emitiram uma declaração conjunta neste sábado (9) para reforçar que as negociações sobre o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia não podem ocorrer sem a participação de Kiev.
O comunicado foi divulgado como resposta ao anúncio de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, se reunirão sem o ucraniano Volodimir Zelenski na próxima sexta-feira (15), no Alasca, para discutir o fim do conflito, que já dura mais de três anos.
Assinado pelos presidentes Emmanuel Macron (França), Alexander Stubb (Finlândia) e Ursula von der Leyen (Comissão Europeia), e pelos primeiros-ministros Giorgia Meloni (Itália), Friedrich Merz (Alemanha), Donald Tusk (Polônia) e Keir Starmer (Reino Unido), o comunicado defende o apoio à Ucrânia e a pressão sobre Moscou como caminhos para o fim da guerra.
"Compartilhamos a convicção de que uma solução diplomática deve proteger os interesses vitais de segurança da Ucrânia e da Europa. Concordamos que os interesses vitais incluem a necessidade de garantias de segurança robustas e factíveis que permitam à Ucrânia defender efetivamente sua soberania e integridade territorial", diz o texto.
Mais cedo, na madrugada deste sábado, Zelenski criticou a reunião entre Trump e Putin --que deve ser a primeira presencial entre os líderes das duas principais potências nucleares do mundo desde 2021-- sem sua presença. "O presidente Trump anunciou os preparativos para seu encontro com Putin no Alasca. Muito longe desta guerra que assola nossa terra, é contra nosso povo e que, de qualquer forma, não pode terminar sem nós."
Ele também rejeitou a possibilidade de ceder territórios à Rússia, ponto que foi reforçado pela declaração conjunta dos líderes europeus.
"A Ucrânia tem liberdade de escolha sobre seu próprio destino. Negociações significativas só podem ocorrer no contexto de um cessar-fogo ou redução das hostilidades. O caminho para a paz na Ucrânia não pode ser decidido sem a Ucrânia. Permanecemos comprometidos com o princípio de que as fronteiras internacionais não devem ser alteradas pela força", diz a declaração.
No comunicado, os líderes afirmam que o apoio militar e financeiro à Ucrânia por meio da "coalização dos dispostos" será mantido, bem como as sanções contra a Rússia. "Estamos unidos como europeus e determinados a promover conjuntamente nossos interesses. Continuaremos a cooperar estreitamente com o presidente Trump e com os Estados Unidos, e com o Presidente Zelenski e o povo da Ucrânia, por uma paz na Ucrânia que proteja nossos interesses vitais de segurança."