Por Pedro Lovisi | Folhapress

Catherine Wolfram | Foto: Divulgação
Catherine Wolfram é a pessoa por trás da coalizão criada na Cúpula do Clima, em Belém, para discutir a criação de um mercado global de carbono. Foi ela a responsável por liderar um estudo que modelou como esse mecanismo funcionaria e por apresentar o tema a acadêmicos e executivos de alguns dos países que assinaram a declaração.
Nos bastidores, a hoje professora do MIT (Massachusetts Institute of Technology) é mencionada como uma das mais determinadas em desenvolver tal mercado, onde países-membros fixariam um valor comum por tonelada de carbono para suas empresas e cobrariam um imposto para mercadorias vindas de países de fora da coalizão.
Ela foi apresentada a membros do governo brasileiro pelo executivo Marcelo Medeiros, um dos fundadores da empresa de reflorestamento Re.green. Desde então, mantém contato frequente com eles.
olfram esteve em Belém na sexta-feira (7) e no sábado (8), para participar de um evento sobre o tema. Na próxima quinta (13), ela volta à cidade para mais um encontro —dessa vez com secretários do Ministério da Fazenda, pasta responsável pela concepção do instrumento dentro do governo brasileiro.
À Folha, Wolfram celebrou a adesão de China e União Europeia à coalizão e disse que agora o objetivo é trazer a Índia, a quarta maior emissora de gases de efeito estufa na atmosfera. Ela também afirmou que um mercado global de carbono como se espera deve começar apenas na próxima década, quando detalhes técnicos e políticos estiverem resolvidos.

