
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou nesta quinta-feira (14) sobre as novas sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos. Desta vez, os alvos foram cidadãos brasileiros ligados ao programa Mais Médicos. Ontem (13), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, havia se pronunciado sobre o caso.
Lula declarou que a relação com Cuba é de respeito. “É importante eles saberem que a nossa relação com Cuba é uma relação de respeito a um povo que está sendo vítima de um bloqueio há 70 anos e hoje está passando necessidade em um bloqueio que não há nenhuma razão. Os Estados Unidos fizeram uma guerra e perderam; aceitem que perderam e deixem os cubanos viverem em paz”, disse o presidente.
A fala de Lula aconteceu durante a cerimônia de inauguração de fábrica de hemoderivados da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) em Goiana (PE).
O líder brasileiro pediu que os sancionados não se preocuparem com o visto dos EUA porque “o mundo é muito grande, o Brasil tem 8,5 km². “Você tem lugar para andar no Brasil para caramba”, complementou.
Nova sanção americana
Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (13), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou a revogação dos vistos e imposição das restrições a funcionários do governo brasileiro em razão do programa Mais Médicos.

São eles: Mozart Júlio Tabosa Sales (atual Secretário de Atenção Especializada à Saúde) e Alberto Kleiman (atual coordenador-geral para COP30 da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e seus familiares.
Ambos trabalharam no Ministério da Saúde e participaram do planejamento e da implementação do programa no Brasil, em 2013.