Por Redação

Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a defender, nesta quarta-feira (14), que autoridades americanas ampliem sanções contra lideranças políticas brasileiras, incluindo o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Segundo ele, ambos “já estão no radar” dos Estados Unidos.
Em entrevista à BBC News Brasil, o parlamentar afirmou que Motta poderia evitar punições caso paute o processo de anistia, enquanto, no caso de Alcolumbre, citou a tramitação de um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que já conta, segundo ele, com 41 assinaturas no Senado.
"Se no futuro nada for feito, talvez aí a gente tenha também o Alcolumbre e o Hugo Motta figurando nessa posição (de sofrer sanções). O que eu sei é o seguinte: eles já estão no radar, e as autoridades americanas têm uma clara visão do que está acontecendo no Brasil e sabem que, por exemplo, o processo de anistia depende de ser iniciado pela mesa do presidente Hugo Motta", disse Eduardo.
Eduardo também reiterou que defende sanções contra familiares de Moraes, citando a esposa do ministro como seu “braço financeiro” e sugerindo que ela seja alvo da Lei Magnitsky, legislação americana que permite punir estrangeiros acusados de violações de direitos humanos.
O deputado argumenta que medidas desse tipo seriam necessárias para “isolar” Moraes e “restaurar a harmonia entre os Poderes”. Ele disse estar disposto a “ir às últimas consequências” para afastar o ministro.
Ao comentar o impacto econômico da tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros, Eduardo afirmou que “a liberdade vale mais que a economia” e que o Brasil “merece” as sanções por ser, em sua visão, “uma ditadura”.
Em julho, o parlamentar já havia acusado Moraes de ordenar o bloqueio das contas bancárias de sua esposa, Heloísa Bolsonaro, sem justificativa legal. Na mesma linha, em entrevista ao Financial Times, ele declarou que o governo americano poderia responder à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com novas sanções e restrições de vistos a autoridades brasileiras.