
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, informou nesta terça-feira (24) que ao menos 516 palestinos morreram em um mês enquanto tentavam acessar pontos de distribuição de alimentos operados pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), entidade apoiada por Israel e Estados Unidos e única autorizada a atuar na região.
Somente na manhã de hoje, 50 pessoas teriam sido mortas durante um novo episódio de violência nos arredores de um centro de distribuição, segundo o ministério. O número de feridos desde o início das operações da GHF chega a 3,7 mil, ainda de acordo com as autoridades locais.
Em nota, o Hamas classificou os ataques como “massacres diários” e acusou Israel e os EUA de atrair civis famintos para emboscadas letais. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram multidões correndo em desespero enquanto tiros são disparados. Organizações não governamentais e agências da ONU confirmam a ocorrência das mortes em ações ligadas à busca por ajuda humanitária.
O Exército israelense afirma que os tiroteios registrados nas últimas semanas ocorreram após a aproximação de pessoas consideradas “suspeitas” pelos militares. A atuação da GHF e os frequentes episódios de violência em seus centros de distribuição vêm sendo alvo de críticas crescentes da comunidade internacional.